Na prática, Tite acaba de fechar o grupo para a Copa do Mundo. Isso ficou claro na convocação feita para os amistosos contra Japão e Inglaterra. Ele ainda não tem todos os 23. Escolheu 16 até agora. Mas já sabe de onde tirará os outros sete.
Nenhum dos 25 convocados o está sendo pela primeira vez. Há alguns que voltam. E justamente esses deixam claro em que posições são as dúvidas e quais jogadores estão na briga por elas.
Ressalte-se que o treinador deixou claro que o objetivo dessa convocação é dar oportunidade. Ou seja, aqueles que não foram suficientemente testados até agora terão a chance de mostrar que podem estar na Copa, ou não.
Isso justifica a inclusão na lista dos meias Diego e Giuliano. O meia do Flamengo foi retirado dos jogos contra Bolívia e Chile por contusão. Volta a ter a chance que o problema muscular lhe tirou. O meia do Fenerbahce, chamado em oportunidades passadas e com desempenho apenas regular, recebe a oportunidade derradeira de compor o grupo.
Vale lembrar que Tite gosta muito de ambos os jogadores. Mas quem não fizer por onde, vai dançar.
No ataque talvez ocorram as experiências mais significativas. Firmino se consolidou ao ser convocado mais uma vez. Mas Taison também ganha a última chance e Douglas Costa, que sempre esteve no radar de Tite, recebe, de fato, a primeira. Se aprovar, fica.
Diego Souza, apesar dos altos e baixos no Sport que demonstrou depois de receber as primeiras oportunidades na seleção, também retorna. Com ele, Tite reafirma sua tentativa de ser o mais justo possível. Antes de limá-lo de vez, vai lhe dar dois amistosos para mostrar que tem condições de disputar um Mundial.
Na defesa, pode-se considerar que os goleiros estão definidos, que ainda existe uma vaga na lateral direita (e que, se Danilo souber aproveitar a convocação, vai roubá-la de Fagner) e que Jemerson é o preferido para a quarta vaga da zaga.
De certa forma surpreende a manutenção de Alex Sandro na lateral esquerda, posição que, pelo que parecia, já estaria reservada a Marcelo e Filipe Luís.
Tite insiste em dizer que o grupo está aberto. Mas suas listas não confirmam o discurso.
Ele também diz que o leque está se fechando. Nisso, seus atos se mostram coerentes com a realidade. A de que, daquele grupo de jogadores observados (ele já falou ser 50, 55 e desta vez mencionou 60), a maioria já foi devidamente descartada.
E que os jogadores certos na Copa, bem como aqueles que lutam pelas sete vagas restantes, já estão definidos.