O acordo foi firmado na época de Ricardo Teixeira, mas desagrada a José Maria Marin e, principalmente, a Marco Polo Del Nero, que assumirá a confederação em abril.
As restrições são muitas, entre elas o nível de alguns adversários contratados para enfrentar a seleção. Para cada amistoso com equipes como a da França, são vários os disputados com potências do nível de Gabão e Omã.
A qualidade dos gramados em que joga a seleção também é criticada.
APitch até tem se esforçado para encontrar sparrings de melhor qualidade. Mas esbarra no calendário, problema que deverá se aprofundar este ano, pois as eliminatórias para a Copa de 2018 começam no segundo semestre e a maioria das seleções estará indisponível nas datas-Fifa.
Até agora, por exemplo, a Pitch ainda não conseguiu encontrar um adversário para a seleção enfrentar após o amistoso que fará em Paris contra a França.
Além disso, Del Nero quer a seleção jogando mais no território brasileiro, independentemente das partidas que fará pelas Eliminatórias.
Ele reconhece ser necessário jogar fora do País, fazer "bons jogos'', segundo suas palavras.
Mas entende que o ideal é que a seleção faça 50% de suas partidas no Brasil.
Questionado sobre a possibilidade de mudanças no contrato, ou de um rompimento, Del Nero é enigmático: diz que a CBF vive um momento de muita rapidez de raciocínio e que tem tomado iniciativas rápidas. E complementa: "Todo contrato tem multas, tudo pode ser discutido, ser reavaliado'' / COLABOROU MARCIO DOLZAN
EM TEMPO: O contrato da CBF para organizar os amistosos da seleção chega a render até US$ 1 milhão por jogo e foi assinado originalmente com a ISE (International Sports Events).Depois, em comum acordo, CBF e ISE transferiram para a Pitch o direito de organizar, comercializar e fazer a operação dos amistosos.