Os gols no início de cada tempo facilitaram a tarefa do Palmeiras, que entrou em campo como favorito por ter mais time - e por ter um time mais acertado do que o Santos.
Na primeira etapa, o gol com menos de dois minutos mudou a expectativa que se tinha do jogo. O Palmeiras não precisou atacar. Deu a bola para o Santos, posicionou-se bem em seu campo, à espera de uma retomada de bola que permitisse um contra-ataque rápido por um dos lados.
Isso não ocorreu porque o Santos, embora tenha tentado lançar-se à frente, claramente tomou o cuidado de não se desguarnecer. Arriscou algumas jogadas longas, mas, na maior parte das iniciativas, optou por tocar com calma em vez de arriscar e se expor ao contra-ataque.
Conseguiu se defender bem, mas não levou perigo a Jaílson, com exceção de dois lances - um deles após escanteio.
No segundo tempo, o jogo "acabou'' com quatro minutos. O segundo gol e a marcação adiantada, na saída de bola adversária, levou o Palmeiras a dominar totalmente a partida. Além disso, o Santos afrouxou a marcação.
Nem mesmo o gol do Santos, que saiu na sequência de um lance irregular, mudou o panorama da partida. O Santos foi corajoso, se lançou, mas, a rigor, em nenhum momento o Palmeiras perdeu o controle do jogo, ou o teve ameaçado.
Venceu o melhor time, o mais bem armado, o com maiores recursos técnicos.
O Palmeiras, que teve em Felipe Melo o melhor jogador em campo e um Lucas Lima discreto, tem tudo para passar o ano sorrindo.
O Santos, até agora apenas voluntarioso, vai melhorar. Mas tende a sofrer, caso não se reforce bastante. Sasha é bom jogador, mas não daqueles que fazem a diferença. Gabriel Barbosa, após um ano e meio sumido pela Europa, é uma incógnita.
No momento, a diferença entre os times é bem maior do que o gol a mais que deu a vitória ao Palmeiras no Allianz.