Foi proibido o uso de gramados sintéticos para jogos do torneio. Ou seja, o Atlético Paranaense vai perder aquela que foi sua grande arma no Brasileiro passado - triturou quase todos os adversários na Arena da Baixada, perdendo apenas do Palmeiras. O tema foi colocado em pauta por sugestão de Eurico Miranda, presidente do Vasco, e, na votação, aprovado com confortável folga.
Mas a perda não será imediata. Foi ao menos estabelecida uma "regra de transição'' de um ano, por sugestão do presidente do Grêmio, Romildo Bolzan. Como ficaria muito em cima da hora para o Atlético trocar o gramado (vale lembrar que colocou o sintético há cerca de um ano), vai poder jogar normalmente em 2017, e depois terá de mudar o piso.
O Atlético já começou a chiar e promete recorrer. O clube já lembrou que a Fifa aprova o uso de gramado sintético, o que pode ser sinal de que, se preciso for, vai acionar a entidade.
A outra medida atinge o Flamengo, mas não só ele.Foi proibida a venda de mando de campo e, com isso, o clube não poderá mais mandar jogos fora do Estado, como fez várias vezes no ano passado. Claro que não foi só o Rubro-Negro carioca que fez isso, mas de longe foi quem mais vendeu mando em 2016.
Alguns clubes votaram contra a medida. O presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Melo, argumentou que os jogos fora do território fluminense ocorrem quando não há onde o time atuar. Não convenceu.
Assim, o Flamengo, que tinha entre outras propostas fazer do Pacaembu, em São Paulo, uma espécie de segunda casa, vai ter de utilizar mais o estádio da Portuguesa, na Ilha do Governador. Ou então torcer para que a indefinição sobre o Maracanã acabe logo.
Mas os outros grandes, e também pequenos que querem faturar em outras praças num jogo contra os times da elite (no ano passado, entre outros exemplos, o rebaixado Santa Cruz vendeu o mando de sua partida contra o Corinthians e o confronto ocorreu na Arena Pantanal, e o América Mineiro, que também caiu, foi parar em Londrina para receber o Palmeiras), já podem tirar os cavalinhos da chuva.