Rússia e Portugal se enfrentam nesta quarta-feira em Moscou.E, independentemente do que ocorrer em campo, tudo indica que protagonizarão um fato raro nesta Copa das Confederações: vão jogar em um estádio cheio.
Essa edição da competição é de longe a com mais baixo público da história. Em todos os jogos é possível ver enormes claros nas arquibancadas. Números extra-oficiais que circulam entre dirigentes da Fifa dão conta de que apenas 68% dos ingressos foram vendidos, índice bastante sofrível.
Mas isso não é o pior. O pior é que muitos compradores, por motivos diversos - entre eles o arrependimento - desistiram dos bilhetes e acionaram o sistema da Fifa de revenda. Aquele que tornou-se familiar dos brasileiros por ocasião da Copa de 2014, pelo qual o comprador desistente devolvia o bilhete ao sistema da entidade, para que fosse renegociado com algum interessado.
Pois bem, na Rússia essa revenda está difícil de acontecer.
Com os ingressos encalhados, o bilhete devolvido não está voltando automaticamente para revenda. Ele é colocado num "depósito'' e lá permanece. Só poderá ser negociado depois que todas as entradas disponíveis para a partida em questão forem vendidas.
Como nenhum jogo atinge venda total - há de 15% a 25% de encalhe conforme a partida -, não é preciso muito esforço para perceber que os ingressos devolvidos não serão revendidos. Ou seja, quem comprou e se arrependeu vai ficar com o mico na mão.
Os russos reclamam que os preços das entradas estão bastante altos, considerando o poder aquisitivo deles. Custam 70, 85, 105 dólares. Para Rússia e Portugal o bilhete mais em conta saiu por 135 dólares. Esse é um dos motivos, o principal, do encalhe.
