O São Paulo não consegue sair da zona perigosa.
Ambos chegam à reta final da temporada patinando.
O São Paulo não deve cair, mas não vai a lugar algum.
O Corinthians não deve chegar à Libertadores, apesar de ter chance também via Copa do Brasil.
Ambos, na realidade, passarão os últimos meses de 2016 sem perspectiva.
Por vários motivos.
Um deles, que se reflete em campo: os elencos de ambos são ruins, fracos mesmo.
Não adianta tapar (ou tampar) o sol com a peneira.
O Corinthians está caindo pelas tabelas porque tem três ou quatro bons jogadores (nenhum craque) e duas dezenas de esforçados, mas desprovidos de uma técnica mínima para jogar em time grande.
O São Paulo também.
Claro que o jogador tem apenas parte da culpa.
A parte mais significativa de culpa é de quem contrata um jogador sabendo que ele não tem nível para vestir uma camisa como a do São Paulo ou a do Corinthians.
Claro, também, que ajudaria se o jogador tivesse noção de suas virtudes e defeitos emvez de se comportar como se fosse um craque, algo cada vez mais comum no futebol brasileiro (jogador sofrível achar que é craque, para deixar bem claro).
Essa consciência poderia resultar em times mais determinados, como maior dedicação e espírito coletivo.
No caso de Corinthians e São Paulo, não levaria os clubes a lugar nenhum.
Mas desapontaria menos os torcedores.
E diminuiria a pressão sobre os treinadores - sejam eles em nível de seleção ou iniciantes.
Porque com esses elencos nem Jesus Cristo levaria São Paulo ou Corinthians a fazer sucesso, posto que até milagre tem limite.