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Futebol dentro e fora do campo

Opinião|O Corinthians está querendo se complicar; o São Paulo começa a querer se salvar

A garra, aliada à competência técnica e tática, pode reerguer o São Paulo; a soberba dos jogadores do Corinthians pode colocar tudo a perder

Foto do author Almir Leite
Atualização:

O São Paulo não merecia não ganhar o clássico; o Corinthians não fez por merecer sequer empatar. Mas, como todos sabem, no futebol nem sempre o que acontece em campo se reflete no placar do jogo.Foi o que ocorreu neste domingo no Morumbi.

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O ameaçado pelo rebaixamento São Paulo foi superior o tempo todo ao líder disparado (ainda) Corinthians. Foi superior tecnicamente, foi superior taticamente. Não deu aula de futebol como disse o esforçado Petros. Mas fez por merecer a vitória que não veio.

Mesmo porque o São Paulo teve algo que faltou ao Corinthians: garra. Seus jogadores tiveram vontade, determinação. Já os corintianos...

Aliás, não é de hoje que a soberba tomou conta dos jogadores corintianos. A quantidade de passes errados por displicência do passador, e também de quem deveria receber a bola, e a quantidade de divididas perdidas porque o corintiano foi de pé mole na bola ilustram essa soberba.

O Corinthians até melhorou um pouco neste aspecto no segundo tempo. Tentou ficar mais ligado. Jogou mais como Corinthians. O São Paulo pecou por não ser tão incisivo quanto na etapa inicial. Talvez por cansaço. Mas, ainda assim,merecia ter ganho.

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O Corinthians deve comemorar o fato de ganhar um ponto sem fazer por onde. Ponto, aliás, que era tudo o que queria, como mostrou a substituição feita por Fábio Carille após o time conseguir a igualdade.

Resultado à parte, o que fica do clássico é que o São Paulo, se conseguir manter o nível apresentado no clássico, escapa da degola. E o Corinthians, se mantiver a letargia e a soberba que vem apresentando, poderá até perder um título praticamente ganho. E aí será algo bastante grave.

Opinião por Almir Leite

Editor assistente de Esportes, cobriu 4 Copas do Mundo e a seleção brasileira por 10 anos

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