Time misto, evidentemente, era quando o treinador mesclava titulares e reservas em determinado jogo.
O tempo passou, o futebol mudou e algumas "nomenclaturas'' também.
O misto, por exemplo, virou alternativo.
Hoje, ou melhor já faz algum tempo, o técnico não fala que vai escalar time misto, e sim alternativo.
Na prática, claro, não muda nada.
O treinador vai mandar a campo uma equipe com jogadores que normalmente são titulares e alguns outros que normalmente são reservas.
Mas o adjetivo alternativo tomou o lugar do adjetivo misto.
Por quê?
Difícil explicar.
Há treinador que diz querer valorizar todos no elenco, como se o reserva não soubesse que é reserva.
Claro que muitos, principalmente em times grandes, não passam de jogadores razoáveis (se tanto), mas a cabecinha deles, a badalação, a paparicação e a falsidade os impede de enxergar suas limitações.
E o treinador contribui para isso, para que os integrantes de seu grupo não se sintam melindrados, não fiquem chateadinhos, não façam beicinho...
E os jornalistas esportivos vão na onda, sabe-se lá porquê.
Pura babaquice (desculpe-me pelo termo).
No futebol, titular é titular e reserva é reserva, mesmo que as exigências atuais de um revezamento/aproveitamento maior dos jogadores por conta do desgaste cada vez mais nas partidas e do calendário insano.
O resto é perfumaria.
Soa até ridículo Cuca, Jair Ventura dizerem que Palmeiras e Botafogo jogarão com times alternativos esta noite pela Copa do Brasil - eles não são os únicos.
Ambos os times jogarão com equipes mistas.
Até porque alternativo pressupõe que se use ora um, ora outra, alternadamente.
O que, claro, não ocorre ao longo da temporada.
Portanto, seria muito bem-vindo se se voltasse a chamar um time misto aquilo que ele realmente é: um time misto, de misturado, mesclado.
Até para que parássemos de agredir o vernáculo.