Até o campeonato de 2013, disputado em Moscou, a IAAF mantinha dois índices - A e B. O primeiro dava a possibilidade de um país levar até três atletas que superassem a marca, mais forte. O segundo índice, mais baixo, garantia pelo menos um atleta por país na competição, afinal, a entidade tem como premissa fazer do atletismo um esporte global.
Neste novo momento, a IAAF mantém a instituição do índice (agora único) e valoriza seu ranking mundial. Os revezamentos, por exemplo, não vão mais se classificar por marca mínima. Estarão garantidos os oito melhores times do Mundial de Revezamentos (cuja primeira edição foi disputada este ano e, em 2015, será mantida nas Bahamas) e serão convidados os oito melhores da lista mundial subsequentes.
Nas provas individuais, a combinação índice + ranking será aplicada de acordo com o número de inscritos - lembrando que cada país poderá ter, no máximo, três atletas por prova (a exceção é feita aos atuais campeões mundiais, automaticamente classificados independentemente do país de origem).A medida pode evitar que algum grande atleta que tenha qualquer contratempo (uma lesão, por exemplo) fique de fora do Mundial.
A IAAF já divulgou os índices para Pequim - o prazo máximo de classificação é 10 de agosto de 2015. Para os brasileiros, pouco muda. As marcas exigidas já para Moscou-2013 pela Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) estão muito próximas daquilo que a entidade mundial estabeleceu agora (veja comparação abaixo - em vermelho, estão destacadas as marcas mais fortes de classificação).
Para a classificação do torneio de um ano atrás, a CBAt manteve seu próprio índice. As marcas foram estabelecidas por meio de uma média dos três principais torneios anteriores (Londres-2012, Daegu-2011 e Berlim-2009), tendo a 12.ª marca como parâmetro. De qualquer maneira, boa parte dos índices CBAt era superior até o índice A da IAAF. Por isso, a avaliação é de que o Brasil não deverá ter problemas para levar seus principais atletas para a China.