O Cruzeiro era o time que dava gosto de assistir nas duas últimas temporadas. Conquistou o bicampeonato brasileiro com méritos, competência, simpatia. Agora, acumula vexames e está perto da zona de rebaixamento. O aperto mais recente veio com a derrota por 1 a 0, a 11.ª em 21 rodadas! Só perdeu menos do que Joinville (12) e Vasco (lanterna, 14). Um absurdo.
O esquadrão foi desmontado e, no lugar dele, ficou um time desmilinguido, escangalhado, sem referências, sem confiança nem rumo. O técnico vencedor dos anos anteriores foi dispensado sob a alegação de que o ciclo havia fechado, deu o que tinha de dar.
Saiu Marcelo Oliveira, entrou Vanderlei Luxemburgo, que tinha passado sem brilho pelo Flamengo. Umas vitórias iniciais trouxeram a ilusão de que a reviravolta era possível. Pimba, veio a realidade e empurrou a Raposa pra baixo. Fez feio, na aparição relâmpago na Copa do Brasil, e flerta com o descenso.
Pior, sem jogar nada, com bola murcha. Entregue, como aconteceu diante do Santos. Não se trata de corpo-mole, nem má vontade. É insegurança, daquelas que travam equipes em fase ruim.
Melhor para o campeão paulista, que fez 1 a 0 com o incansável Ricardo Oliveira e, em seguida, soube se segurar. Se o Santos fosse mais petulante, teria obtido resultado até mais folgado. Contentou-se com outra prova de recuperação e, de ameaçado, começa a sonhar mais alto. G-4 estaria de bom tamanho.
Não é fácil, tampouco objetivo inalcançável.