Luxa lembra que o silêncio impositivo contraria o espírito democrático - e até a Constituição nacional. Usa um exemplo prático e forte: fala-se tudo a respeito de presidente do Brasil, de políticos, de instituições e não se pode fazer observações sobre um torneio de futebol.
Um exagero, um abuso, com o qual os clubes concordam, no mínimo por omissão. Mas, no fundo, é por subserviência. Os ensaios de rebelião profunda, de fato, modificadora, ficam só na teoria, numa conversa fiada. Na prática, todo mundo abaixa a cabeça.
O direito de manifestação é de todos, não faz sentido agir com mão pesada, sobretudo no esporte, que deveria ser sinônimo de participação coletiva. Tal comportamento autoritário é típico de quem não confia no próprio taco e teme os reparos.
Jogadores e treinadores fazem o espetáculo, são os mais diretos envolvidos. Sobre eles recaem atenção, expectativa e cobranças dos torcedores. Deveriam ser ouvidos, sempre. E têm o direito, diria a obrigação até, de apontar falhas, de botar a boca no trombone. Não podem ser tratados como peças secundárias.
Estou com o Luxemburgo nessa.
PS. Infelizmente, não é só no futebol que há essas "cartilhas". Em outros esportes, também.