PUBLICIDADE

EXCLUSIVO PARA ASSINANTES
Foto do(a) coluna

(Viramundo) Esportes daqui e dali

A Espanha acorda e fecha Euro com chave de ouro

A Espanha voltou a jogar bola e fechou a Eurocopa com chave de ouro e diamantes, com os 4 a 0 sobre a Itália. Invicta na competição, fez 12 gols e sofreu um, justamente dos italianos e na estreia. Com isso, levou o título europeu pela segunda vez consecutiva e acumula três nos últimos anos, com o Mundial de dois anos atrás na África do Sul.

Por Antero Greco
Atualização:

É a equipe do momento, sobretudo para os que medem grandeza e valor só por conquistas (ou por cargos ou por poder ou por conta bancária). Fascina pela eficiência, e nem sempre pela beleza do estilo de jogo. Foi assim na competição encerrada neste domingo, na Polônia e na Ucrânia. Com exceção dos dois duelos com a Azzurra, nos demais a Fúria foi segura, confiante, mas por isso mesmo burocrática.

PUBLICIDADE

Jogou e ganhou, contra Irlanda, Croácia, França e Portugal, não com prazer, mas como se fosse obrigação, para se desencarregar de uma tarefa. No jogo inicial, e mais do que tudo no de encerramento, foi Espanha parecida com o Barcelona, em que combinou toque de bola e passes certos, com atrevimento, criatividade, jogo ofensivo e gols. Agiu como campeã europeia e campeã do mundo. Foi a Espanha que, aí sim, aliou pragmatismo e arte. Essa Espanha não tenho medo de elogiar.

A Itália resistiu no primeiro tempo, mesmo ao sofrer gols de David Silva aos 14 e Jordi Alba aos 40. Em muitos momentos, houve equilíbrio, mas do lado italiano não apareceram Cassano e Balotelli, que poderiam mudar o panorama. A Espanha, mesmo sem aparecer no ataque a todo momento, se mostrou mais empolgada do que nas rodadas anteriores.

O jogo acabou para a Itália, na prática, antes dos 20 minutos, quando Thiago Motta, que havia entrada pouco antes no lugar de Montolivo, se machucou. Como havia feito as três mudanças, a Azzurra ficou com 10. Se com 11 estava difícil, daí se tornou impossível. A Espanha se acalmou de vez e os outros dois gols (Torres aos 38 e Mata aos 43) vieram naturalmente.

A Espanha revelou, contra a Itália, que pode ser ter tudo os que seus admiradores elogiam. E pode também brindar com futebol ofensivo, porque tem gente da qualidade de Xavi, Iniesta, Xabi Alonso, Torres. Desde que queira - e é isso que pede quem aprecia o joguinho de bola, independentemente de resultados.

Publicidade

 

 

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.