Caso contrário, até profissionais experientes caem na armadilha dos nervos. Foi o que ocorreu com Rodrigo Paiva, diretor de comunicação da CBF. De acordo com imagens que a Fifa afirma ter, ele se envolveu em confusão com chilenos, no intervalo do jogo de sábado, em Belo Horizonte, e deu um soco em Pinilla. Se não acertou, ao que parece pelo menos tentou. E isso foi suficiente para fazer com que fosse punido com um jogo de suspensão.
O afastamento em si não é nada - aliás, até brando. O rigor apareceria se houvesse exclusão da competição, sem direito a entrar mais em campo em momento algum. Teria sido a atitude coerente da Fifa, que optou pelo morde e assopra. Ao contrário do incidente, também grave, do uruguaio Suárez.
Chato foi o arranhão na imagem como representante dos organizadores locais. Afinal, Paiva faz parte do staff da seleção anfitriã. Por mais que estivesse irritado com algo dito ou feito pelos adversários, não é função dele partir para a briga.
Ao contrário, tinha era de apaziguar, fazer meio campo, mesmo se por dentro estivesse doido de vontade de estapear o chileno. E mais: não é garoto, nem novato na função. Sem contar que normalmente tem comportamento cordial e já viveu situações de extrema tensão. De qualquer maneira, ficou desagradável e o episódio expôs mais um indício de que a temperatura interna subiu na seleção.
Hora de baixar a adrenalina. Urgentemente.