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(Viramundo) Esportes daqui e dali

Aguirre, não vai ser fácil...

Começo da madrugada de domingo, e fico aqui a imaginar se o Diego Aguirre já foi deitar. Penso que não. Embora o jogo com o São Caetano tenha terminado mais de seis horas atrás, o técnico do São Paulo talvez ainda esteja a remoer o que aconteceu no Anacleto Campanella.

Por Antero Greco
Atualização:

E deve ter boa dose de adrenalina a circular pelo corpo dele. Não apenas pelo resultado - derrota por 1 a 0, logo na estreia no banco tricolor. Mas pela forma como ocorreu o deslize. Meus amigos, o Tricolor negou fogo, e feio. Jogou uma bolinha murcha, como reconheceram técnico recém-chegado, dirigentes e até um ou outro atleta.

Para preocupar.

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Claro que não julgo aqui o trabalho de Aguirre. Seria coisa de maluco, burro ou mal-intencionado. Ou as três coisas juntas. Ele desembarcou no clube dia desses, só orientou um treino, escalou o time, viu a rapaziada entrar em campo para ver no que ia dar.

E o que deu não foi nada legal.

O São Paulo esteve travado diante de um São Caetano arrumado e que soube aproveitar, a rigor, a melhor chance que surgiu, numa vacilada de Jean que Chiquinho aproveitou. O Azulão ao menos fez isso. E a turma tricolor? Foi devagar, quase parando.

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Aguirre apelou para o quinteto experiente que Dorival Júnior, num primeiro momento, também havia considerado como a saída ideal: Jucilei, Petros, Cueva, Nenê, Diego Souza. Não funcionou. O time não teve velocidade nem foi ofensivo. Jucilei foi substituído no segundo tempo, assim como Cueva, desaparecido em campo. Os outros foram figurantes.

Sobressaiu Valdivia, que corre por fora nesse grupo e talvez seja aquele que, aos poucos, ganha destaque. Mas insuficiente para evitar a derrota.

Claro que a diferença pode ser anulada na terça-feira. Não é esse o ponto. O xis da questão é que, mesmo com novo comando, persiste o problema maior no São Paulo: a falta de confiança, que se manifesta em desempenho "burocrático", sem graça.

Resumo da ópera: a tarefa do Aguirre, de reerguer o time, será pra lá de complicada.

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