Você gostou da estreia do São Paulo no Estadual, na noite desta quarta-feira? Eu não. Como aperitivo, o time que entrou em campo para encarar o São Bento, em Sorocaba, não teve graça. Cheio de jovens, criou pouco, incomodou quase nada o adversário e ainda amargou derrota por 2 a 0. Sei, sei, é apenas início de trabalho e estava combinado que Dorival Júnior colocaria só reservas, para dar mais tempo de preparação para aqueles considerados titulares. É estratégia definida com a direção e não se esperava grande coisa mesmo. Mas, como já havia deixado claro anteriormente, preferia ver no mínimo formação mista, se possível a mais próxima possível da ideal. Como fez Jair Ventura, no Santos, que no mesmo horário enfrentou o Linense e venceu por 3 a 0. Se a intenção é usar o Paulistão como laboratório, por que não observar logo como se comportam os principais atletas do elenco? Ok, a escolha é essa, respeita-se e aguarda-se. Costumo dizer que avaliação adequada do que pode ser a temporada se faz depois de 7, 8 partidas oficiais. E tomara Dorival tenha respaldo incondicional dos dirigentes, sobretudo os novos, os ex-boleiros Raí e Ricardo Rocha. Na prática, o jogo com o São Bento não foi bom. Sidão, o mais experiente do grupo, teve trabalho com o sistema defensivo desentrosado. O meio-campo com Pedro Augusto, Paulo Henrique e Araruna inexistiu, assim como Maicosuel e Júnior Tavares desapareceram na frente. O jovem Bissoli não decepcionou. O São Bento cumpriu o papel dele à perfeição, com boa marcação, trocas rápidos do meio em diante, e aproveitamento total nas chances de gol, com Anderson Cavalo e Maicon Souza (em jogada ensaiada na cobrança de falta), no segundo tempo. Só largada, não custa destacar. Mas poderia ser mais empolgante por parte do São Paulo.