Bendita hora em que Dunga e rapazes resolveram cair fora da Copa América; com mão na bola e pênaltis errados, nos livraram dos hermanos. Com a volta para casa, driblaram o risco de levarmos outra sova histórica em menos de um ano. Sim, sim, só hipótese. Mas...
Brincadeira à parte, os vice-campeões do mundo atropelaram o Paraguai com autoridade, com gosto, com respeito e sem piedade. A saraivada foi brava, porém os adversários tiveram dignidade. Exatamente, os paraguaios foram mais intensos, mais sérios do que o Brasil no sábado.
Soa como ironia ou loucura, mas é verdade. Jogaram pra valer, e dentro das próprias limitações. Ao contrário do Brasil, que suou para fazer 1 a 0 diante deles e depois tratou de segurar o resultado, como havia feito em jogos anteriores na competição sul-americana. Economizaram na bola, receberam o devido castigo com a desclassificação.
A Argentina, não. Pra início de conversa, mostrou desde o início que era superiora ao Paraguai. Teve dificuldade, por méritos dos aguerridos rivais. No entanto, abriu 2 a 0, deu uma leve relaxada e foi para o intervalo com 2 a 1. Parecia que enfrentaria roteiro complicado na etapa final.
Engano. Com toques rápidos, com movimentação constante de Messi, Di Maria, Aguero e companhia, os gols foram saindo com naturalidade, com ritmo, como consequência de bom futebol.
A Argentina chegou a seis como poderia ter feito mais; ninguém estranharia.
Não se satisfez com 2 a 1, ou 3 a 1 nem 4 a 1. Buscou o jogo, partiu pra cima, comportou-se como quem tem história rica e tradição. Como o Brasil já fez um dia e se apequenou.
Obrigado, Santo Antônio, pelo vexame evitado.