Quando o Brasil foi escolhido como sede dos Jogos Olímpicos, o atual presidente garantiu que todos os esportistas teriam condições de se preparar adequadamente para a maior festa do planeta.
O presidente do COB sabe como poucos se expressar e prometer.
Só não cumpre exatamente as promessas feitas aos atletas, que em várias modalidades nem têm onde treinar para a Olimpíada que se aproxima: como no caso do tiro esportivo e do ciclismo. Isso sem falar na turma do atletismo, que perdeu a pista do histórico Estádio Célio de Barros.
Outra promessa do presidente do COB: o Brasil será uma das dez potências do mundo esportivo. Uma verdadeira nação olímpica.
Quem sabe...
Mas de uma coisa o presidente pode estar certo: no assunto doping o Brasil já é top ten. Já atingiu a maioridade. Estamos entre os países que mais se utilizam de meios ilícitos na preparação dos atletas, segundo relatório divulgado esta semana pela Wada, a agência internacional de controle antidoping.
Triste constatação, mas que não surpreende quem conhece os bastidores do esporte. Pode-se alegar que os números cresceram porque há mais controle. Verdade. Mesmo assim, é de se lamentar que sejam tantos casos de gente que recorre a meios ilícitos para obter resultados em competições.
Só para lembrar, o atual presidente vai ser candidato novamente à reeleição do Comitê Olímpico Brasileiro. Pois tem convicção de que faz bem ao esporte nacional.
(Com participação de Roberto Salim.)