Nenhum mistério, apenas o retorno de alguns titulares, a chegada de Fred, o crescimento de Cazares. Aliás, como tem jogador o equatoriano! O moço desequilibra, atordoa os rivais, se mexe muito, dá passes, desloca, chuta e faz gols. Nesta quinta-feira, foram dois, fora participação em outros. Um dos segredos da reação do time, sob o comando de Marcelo Oliveira.
O Atlético-MG assustou o Botafogo com 11 segundos, tempo que levou para abrir o marcador, com... justamente ele, Cazares, em linda jogada ensaiada. A vantagem tão rápida perturbou a moçada de Ricardo Gomes. Ainda assim, o Bota conseguiu equilibrar o jogo, foi prejudicado ao menos num lance mal anulado por impedimento (também reclamou pênalti), teve mais posse de bola e levou o segundo pouco antes do intervalo, com Robinho.
A diferença aumentou com Fred aos 2 da etapa final. O Botafogo foi às cordas e só respirou com o gol de Sassá, de pênalti, aos 27 minutos. Mas lá estava Cazares, aos 32, para fazer o quarto gol. Quando o jogo se aproximava do fim, ainda surgiram outros três gols, numa movimentação incrível: Gervásio Núñez fez o segundo do Bota, Carlos marcou o quinto e Bruno Silva fechou, com o terceiro do time carioca.
O Galo cresce, levanta a crista, começa a ajustar-se em todos os setores, sobretudo agora que a enfermaria ficou mais vazia. A pressão inicial sobre o grupo e Marcelo Oliveira desapareceu, ou ao menos diminuiu muito. Agora, sim, está em posição mais condizente com qualidade do elenco.
O Botafogo permanece em situação delicada, luta para manter-se na Série A, tem aspectos positivos. Lutará para não cair outra vez. Tem condições de ficar.