Mas digna de um grande momento do futebol só a arbitragem de Luiz Flávio de Oliveira. Com categoria, comandou os 90 minutos como se não tivesse em campo: um mestre de bateria que não abusa do apito.
E só ele merecia estar em campo em um jogo considerado clássico de verdade. Ele e o goleiro Cássio.
O Corínthians ganhou por 2 a 0, Tite completou 350 jogos à frente dos alvinegros, o time manteve a invencibilidade no torneio, mas o futebol apresentado foi de qualidade ruim.
Tanto dos corintianos, como dos são-paulinos. E pensar que os dois estreiam nesta quarta na Libertadores...
O que será que os torcedores pensam de suas equipes, a expectativa que têm para a temporada? O tricolor Edgardo Bauza deve estar tentando entender até agora o que aconteceu com a sua defesa.
Os dois gols inimigos foram inacreditáveis: no primeiro, o zagueiro Lucão falhou duas vezes. Primeiro, chutou a bola contra seu companheiro; na sequência, quando o goleiro Dênis deixava a meta, deu um passe açucarado para Lucca, atacante inimigo. No segundo gol, Ganso furou a cabeçada e deixou a bola passar, após cobrança de escanteio. O zagueiro Yago foi feliz e tocou de cabeça para o ângulo do goleiro Dênis.
Bom, alguém pode perguntar: Então, o Corinthians mereceu a vitória? Só porque se aproveitou dos erros, mas também esteve muito aquém do que se espera. E com solidariedade de co-irmão também deu presentes para o São Paulo: 1 - aos 28 minutos do primeiro tempo a zaga rebateu, a bola se chocou com as costas de Centurión e quase encobriu Cássio, que fez linda defesa; 2 - e no finalzinho da etapa inicial, Yago deu a bola para Calleri, que só não marcou porque , mais uma vez, Cássio provou ser goleiro de seleção.
E já que falamos dele, Cássio evitou um gol de Mena na única jogada digna de um Corinthians e São Paulo.
E as estreias: Giovanni Augusto e André pelo Corinthians? E Kelvin pelo São Paulo?
É melhor não falar nada por enquanto...
(Com Roberto Salim.)