Dito isto, vamos aos fatos: que apresentação ruim na noite desta quarta-feira, em Assunção! Time desconjuntado, sem criatividade, frágil na marcação, acovardado. Perdeu para o Guarani local por 2 a 0 e foi pouco. Pelas oportunidades criadas, desperdiçadas e aproveitadas, o placar final ficaria nuns 4 a 1. Portanto, o resultado final soa até como lucro para Tite e rapaziada.
Colocaria o desempenho na abertura das oitavas de final como uma das piores, senão a pior, partida corintiana em 2015. Fora uma bola na trave de Fábio Santos, no segundo tempo, o goleiro Aguilar praticamente assistiu de camarote ao que os companheiros fizeram.
O Guarani foi superior de ponta a ponta, com alguns momentos de lucidez do Corinthians. Tivesse melhor pontaria, abria vantagem de 2 a 0 já no primeiro tempo. A marcação falhava, Cássio idem (e errou no primeiro gol) e os paraguaios chegavam com frequência e facilidade.
As falhas da primeira fase não foram corrigidas e mantiveram aberto o caminho para o tropeço. Que veio, afinal, com os gols de Santander (aos 16) e Contrera (aos 37). Tite tentou mudar o rumo do jogo ao colocar Danilo, Malcom e Bruno Henrique, e não adiantou nada.
Não coloco a derrota na conta de Cássio, pelo erro na falta cobrada por Santander que abriu o placar. Mas pesou Danilo ficar no banco. Deveria ter começado no lugar de Luciano, a quem substituiu. Luciano fora de ritmo foi um dos mais apagados da equipe.
Jogar a toalha? De forma alguma. No Itaquerão, será possível devolver o placar, no mínimo. O problema é apresentar as mesmas falhas desta quarta-feira. Ou, pior, a queda de produção que se viu em jogos anteriores na própria Libertadores e no Paulista. Semana tensa e preocupante pelos lados do Parque São Jorge.