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(Viramundo) Esportes daqui e dali

Cruzeiro reage. Corinthians fica no limite

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Por Antero Greco
Atualização:

Para início de conversa, e antes que um apressadinho, pergunte: erro grotesco do juiz Dewson Freitas da Silva, do querido Pará, ao não dar pênalti de Cássio sobre Ábila aos 8 minutos do primeiro tempo. O goleiro corintiano não só cometeu a falta, como fez um corte na perna do rapaz. O árbitro ignorou tudo e ainda amarelou Ábila "por reclamação".

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Isto posto, o empate por 1 a 1, no clássico da noite desta segunda-feira, no Pacaembu, mostrou duas equipes em situações distintas. O Cruzeiro está ainda no fundo do poço, mas já mostrou, sob a batuta de Mano Menezes, que vai sair do sufoco. Questão de mais algumas rodadas - e, claro, de acúmulo de bons resultados. Por ora, está em antepenúltimo, com 19.

O Corinthians parece cada vez mais chegar perto do limite de suas possibilidades. Esteve a ponto de fechar o turno em primeiro lugar, desde que vencesse por três ou mais gols de diferença. Teve de contentar-se com o empate. E, com a vitória do Galo também nesta segunda, caiu para a terceira colocação, com 34 pontos.

A pontuação mostra uma contradição danada: como o Cruzeiro está em ascensão e o Corinthians meio devagar? Aparências confundem. O time mineiro recobra a autoconfiança, mostra mais organização do que nos tempos de Paulo Bento, cria mais e finaliza melhor. (Teve até bola no travessão.) Esse é um lado da questão

O outro: o Corinthians colecionou muitos pontos, tem gordura pra queimar, e pelo visto é o que deve acontecer com frequência. Cristóvão Borges testa diversas composições, mexe aqui e ali, porém não faz o grupo deslanchar. A harmonia não é a mesma de antes, a oscilação aumenta, embora os números sejam muito bons: 10 vitórias, 28 gols a favor, apenas 15 contra (a melhor defesa). Falta pegada, a cara de campeão que teve outras ocasiões.

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O jogo foi nota 6. No primeiro tempo, o Corinthians animou-se com o gol de Giovanni Augusto logo com um minuto e tentou aproveitar do nervosismo do Cruzeiro pelo pênalti ignorado. No segundo, o Cruzeiro jogou muito mais, empatou com Ábila e esteve perto da virada. Volta pra casa reclamando da arbitragem - e com toda razão.

 

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