Mas, antes da festa no Maracanã, tem a última celeuma: Pelé vai ou não vai acender a pira? O Rei foi convidado, deixou dúvidas no ar, recusou, aceitou e voltou a recusar nesta sexta-feira. Alega não se sentir em condições de tal gesto. O motivo? A saúde debilitada por cirurgias no quadril.
Levantou-se a suspeita de que o maior astro da história do futebol tirou o corpo fora por causa de patrocinador. Ele tem acordo com uma bandeira de cartão de crédito e os Jogos são bancados por outra. Assim, para evitar saia-justa teria usado a saúde como desculpa.
Sabe-se lá se foi isso mesmo, se é limitação física ou outro motivo qualquer. Lamenta-se a eventual ausência de um ícone do Brasil. Mas se deve respeitar a decisão. A vida é dele, ele sabe onde lhe apertam os calos, tem seus medos, seus sonhos, suas incertezas.
Não se deve culpá-lo se ficar fora da festividade. Isso não diminui em nada a importância. Não cabem comparações - "Ah, mas o Mohammad Ali estava mal e participou de Atlanta, "Ah, mas o Stephen Hawking". Cada pessoa é um ser diferente, pensa de uma maneira, tem suas próprias experiências de vida.
Chega de policiar Pelé em cada coisa que faça na vida. Ele é um gigante do esporte mundial, admirado, querido, respeitado, venerado em qualquer lugar. Menos na terra dele, o que é enorme injustiça. O brasileiro tem raiva de seus ídolos. Maltrata Pelé como já maltratou outros personagens relevantes.
Pelé foi, é e continuará a ser uma estrela imensa, primeiro e único Rei do Futebol. Viva o Rei. E que orgulho de tê-lo como patrício.