Isto posto, fica a constatação óbvia: ganhar sempre é bom. Se for por goleada, melhor ainda. Por esse prisma, o Palmeiras volta de Araraquara feliz da vida pelos 4 a 0 sobre o Linense, no melhor aproveitamento na temporada até o momento. E, não custa lembrar, temporada ainda bem no início. Muita água vai rolar...
Os quatro gols foram importantes, animam para o clássico de quarta-feira com o Corinthians, em Itaquera. Aliviam a pressão sobre jogadores e sobretudo sobre o técnico Eduardo Baptista. A preparação nestes dias será mais descontraída.
Chamam mais a atenção outros aspectos positivos, que vão além das bolas nas redes mandadas por Willian e Raphael Veiga (no primeiro tempo) e Michel Bastos e Barrios (no segundo). O primeiro deles: o meio-campo com Michel Bastos ficou mais ágil e mais criativo do que com Roger Guedes. O moço não esteve bem nas apresentações anteriores. A tarefa de Felipe Mello na marcação foi facilitada.
Por tabela, cresceu o futebol de Dudu, mais livre para ir à frente. Por extensão, também apareceu mais o trabalho de Willian. Não foi por acaso que Michel e Willian fizeram gols. A presença de Mina tornou a defesa mais sólida. Não que Edu Dracena estivesse falhando. Mas o colombiano, mais jovem e mais seguro, funciona ainda como opção em bolas paradas na área adversária.
Barrios finalmente teve chance, guardou o dele e mostrou que pode ser alternativa e não apenas esquentar banco. A lamentar a contusão de Moisés, um dos pilares na campanha do Brasileiro. O moço talvez fique bom tempo fora após dividida com Zé Antônio que considerou lance de jogo. Em compensação, Keno em campo também funcionou como alternativa para marcação e criação.
Enfim, foi a primeira vez em que o palmeirense pôde ver o time mais coordenado, finalizador, objetivo. Para mim, está dentro do prazo de tolerância para crescimento. O melhor teste virá no dérbi. De qualquer forma, foi um bom baile pré-carnavalesco esse do bloco alviverde em Araraquara.