O líder do Brasileiro teve eficiência 100% no primeiro tempo, quando fez os três gols que lhe garantiram a 11.ª vitória em 16 rodadas. Lucas Pratto foi o dono da noite, com todos os gols. O Tricolor criou oportunidades, sobretudo na primeira etapa, não aproveitou e marcou passo, ao permanecer com 28 pontos. Como prêmio de consolação, teve gol de Pato no segundo tempo.
A partida não decepcionou quem esperava movimentação e emoção. O São Paulo contrariou previsões de que pudesse defender-se, para conter o melhor ataque do Brasileiro. Ao contrário, foi à frente, tentou marcar presença e se deu mal ao oferecer o contragolpe.
Dá para louvar a vontade de Juan Carlos Osorio de colocar o time à frente; a questão fica para o astral, se assim se pode definir, de quem finaliza. Pato e Luis Fabiano tentaram, mas esbarram ora em Victor, ora na própria oscilação. Ambos são o retrato do São Paulo na atualidade. Ou seja, incógnitas. Num momento podem decidir, noutro falham.
Assim é o restante da equipe. Tanto pode subir e brigar ao menos por Libertadores como pode perder fôlego e ficar fora de qualquer objetivo mais atrevido. E tem no sistema defensivo o calcanhar de Aquiles. O São Paulo leva muitos gols por encontrar-se aberto, até quando atua com três zagueiros, o que aumenta a contradição.
E o Galo? É o resumo da confiança, do equilíbrio e da serenidade. Pode até levar sufoco, que não se descontrola; sabe dosar forças, esbanja entrosamento e sobretudo é pontual e certeiro nas chances que lhe aparecem. Não me refiro aos gols de Pratto nesta quarta, mas ao conjunto da obra no Brasileiro. Não está na frente por acaso, mas por méritos. E com fôlego para resistir ao assédio de Corinthians e demais que vêm subindo (Palmeiras, por exemplo).