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Empate tricolor... bom para o líder

Claro que São Paulo e Grêmio entraram em campo, nesta segunda-feira, preocupados apenas com a própria situação no Brasileiro. Nenhum dos dois estava interessado no outro, muito menos nos demais participantes da Série A. O tricolor paulista corria para sair da zona de rebaixamento. O gaúcho busca manter-se a distância média do líder.

Por Antero Greco
Atualização:

Pois bem, o resultado final - empate por 1 a 1 - não ajudou a vida dos dois times que se enfrentaram num Morumbi lotado (mais de 51 mil pagantes). Mas, por tabela, agradou o Corinthians. Dessa maneira, viu a diferença para o Grêmio subir para oito pontos (40 a 32). O São Paulo, com 16, permanece no bloco dos ameaçados pela degola.

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Um olhar mais benevolente pode apontar que, ao menos para a equipe paulista, o placar não foi desastroso. Por quê? Porque, para quem há várias rodadas está afundado na parte de baixo da classificação, serve como alento para a reação. Na partida anterior, tinha ocorrido vitória sobre o Vasco (1 a 0). Agora, segurou um dos melhores participantes do torneio.

Foram, portanto, quatro pontos em dois jogos, ou 25% do total conseguido até agora na competição. A sangria começa a ser estancada, como diria famoso personagem do cenário político nacional. Que ainda emendaria: "Tem de manter isso, viu?" Para o Grêmio foi uma ligeira freada nessa missão de encostar no Corinthians.

O clássico foi menos intenso do que se supunha. O Grêmio teve postura sólida no primeiro tempo, criou chances, ficou em vantagem em belo lance individual de Pedro Rocha e ainda testou reflexos de Renan Ribeiro. O goleiro são-paulino apareceu bem, no jogo todo, em três oportunidades. É um dos responsáveis pelo ponto e, por extensão, destaque da noite.

O São Paulo despertou na etapa final com mudanças de Dorival Júnior - entrada de Cícero (no lugar de Jucilei) e de Lucas Fernandes (saiu Gomez). Os dois tornaram o meio-campo mais sólido e ajudaram a impedir o domínio gremista. Lucas além da boa movimentação fez o gol de empate, numa das raras ocasiões em que o time finalizou bem.

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O empate raro nesse duelo (fazia 39 anos que não aparecia, no Brasileiro) revelou um São Paulo empenhado na tarefa árdua de reconstrução - e deu sinais de que pode, com o tempo, ocupar posição mais digna na tabela. De qualquer forma, não passará de personagem secundário.

O Grêmio continua a ser combativo; no entanto, perde poder de fogo sem Lucas Barrios ou com Luan abaixo do habitual, como se viu nesta segunda-feira. Mas é, ainda, o maior perseguidor do Corinthians. Que vê a sombra da concorrência diminuir...

 

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