Mas, discussão tática à parte, faço aqui uma reverência e uma pequena homenagem a um dos vovôs da bola que ainda desfilam por aqui. Atende pelo nome de Magno Alves, também conhecido pelo apelido de Magnata. Pois o jovem senhor, de lépidos 40 anos, entrou no segundo tempo do jogo em Edson Passos e bagunçou o coreto do Galo.
Isso mesmo. Magno Alves participou ativamente de três dos quatro gols. E ainda sofreu falta que originou o terceiro, em cobrança de falta de Gustavo Scarpa. Jogou com leveza, com sabedoria, com a sagacidade que o tempo proporciona para atletas inteligentes. Economizou fôlego e pernas; soube utilizá-los nos momentos adequados. Até o esforço vem na hora certa.
Assim como o resultado, que deixa o Flu com 37 pontos. Não está no G-4, verdade. Tampouco está longe. São três pontos que o separam do Corinthians, o quarto colocado. O Atlético-MG, com 42, mantém a perseguição a Palmeiras (47) e Flamengo (46). Tem muita bola para rolar, ainda, até que o campeonato seja decidido.
Palmas, também, para Robinho, não tão veterano quanto Magno, mas também não é mais o menino que surgiu distribuindo pedaladas a torto e a direito. Ele voltou a deixar a marcar nas redes adversários, ao abrir o placar, e se consolidou como artilheiro da Série A. Não é pouca coisa para quem era visto como em decadência. Tem sido um diferencial para o Galo. Ofuscado, desta vez, foi Fred. No reencontro com a antiga casa, passou em branco e nem voltou para a etapa final.
Fase do jogo que reservou as maiores emoções. Começou com a arrancada do Fluminense, nos gols de Douglas aos 3, Marquinhos aos 27 (outro que saiu do banco para resolver). e o de Scarpa aos 32. Otero, substituto de Fred, diminuiu aos 43, mas Maranhão (mais um que estava na reserva) fechou a conta aos 46.
Bela diversão para começar a semana. Quem viu, certamente gostou.