Mas houve um fato marcante. Antes de a bola rolar, tocou-se o hino da França, em manifestação de solidariedade com as vítimas do ataque a Paris, na semana passada. Comoção no estádio e as pessoas em atitude respeitosa. Achei bacana o gesto dos italianos, historicamente rivais dos franceses.
Sem fazer qualquer reparo à homenagem - e seria sem propósito - é bom lembrar que na sexta-feira ao menos duas dezenas de pessoas morreramem atentado no Mali. Também vítimas de radicalismo, de terrorismo inernacional. Nenhuma palavra, nenhuma bandeira, nenhuma referência a minuto de silêncio.
Tragédia idêntica à de Paris pela brutalidade e covardia. Será que mediremos a dor de tragédias pelo lugar onde ocorrem ou pela quantidade de pessoas que morrerem? Se uma só morrer, já é tragédia, já se deve lamentar, protestar, solidarizar.
Bamako não é Paris, Mali não é a França. Mali é apenas mais um desses tantos países esquecidos da África.