Gente da estirpe de João Reinaldo Costa, 69 anos, professor de Educação Física, pós-graduado em Ciências do Esporte e Economista.
O apelido dele é Nikita, ex-nadador da seleção brasileira da época de Sílvio Fiolo, entre outros. Turma da década de 60. Nikita nadou na Olimpíada do México em 1968 (100 metros borboleta) e integrou o revezamento 4 x 100 medley.
No ano seguinte, nos Jogos Pan-americanos de Winnipeg, formou na equipe de revezamento quatro estilos que trouxe a medalha de bronze. Depois se dedicou aos estudos e à formação de atletas no seu centro de treinamento.
De lá sempre saíram os melhores nadadores pernambucanos. Entre eles Joanna Maranhão e Etiene Medeiros.
Mas o que Nikita sempre fez de melhor foi enfrentar os desmandos da Confederação Brasileira de Natação. Nunca se curvou, nunca se rendeu a qualquer tipo de negócio da entidade maior das piscinas nacionais. Por isso, homens como o professor Nikita nunca vão ao chão.
Não, vocês não o viram tropeçar e cair com a tocha olímpica que passava pela capital pernambucana nos vários sites que mostram a cena. Ele caminhava e pisou num buraco de rua de Recife. O resto é lenda. Levantou-se e continuou seu desfile sem largar a tocha.
Homens como o professor Nikita nunca ficam no chão, nem deixam a chama do esporte se apagar.
(Com participação de Roberto Salim.)