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(Viramundo) Esportes daqui e dali

Gabriel Jesus, história se repete no Palmeiras

Um menino que nasceu em São João do Meriti veio para o Palmeiras em 1953. Tornou-se ídolo, artilheiro e foi embora jogar na Itália, três anos depois. Seu nome: Humberto Tozzi.

Por Antero Greco
Atualização:

Outro garoto, nascido em Piracicaba, onde atendia pelo apelido de Cuíca, veio para as equipes de base do alviverde em 1956. Marcou 85 gols em 114 jogos, foi campeão do mundo. E foi jogar também na Itália. Seu nome José Altafini, o Mazzola.

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Exatamente 60 anos após a saída de Humberto e a chegada de Mazzola, o Palmeiras tem outro menino de ouro brilhando em sua equipe. Outro artilheiro. Nascido no Bairro do Limão, na capital paulista. Já é ídolo, faz gols como ninguém na equipe e, pelo jeito, também vai embora logo, sem esquentar o lugar no coração palestrino. Só não se sabe ainda se seu destino é Espanha ou Itália.

Nos 2 a 0 contra o América Mineiro, diante de seus fãs, mais uma vez Gabriel Jesus brilhou. E ajudou ao Palmeiras a se manter na liderança do Brasileiro.

Ele é a peça principal de um time que se ajusta jogo a jogo. O técnico Cuca manteve a equipe que venceu o Santa Cruz e novamente o meio de campo provou que pode fazer história: Tchê Tchê tem uma movimentação incrível pelo campo, Moisés desarma e constrói com a mesma eficiência e Cleiton Xavier é o diferencial, com seus passes e toques precisos.

Mais: o ataque tem um trio com velocidade para desmontar qualquer sistema defensivo. Dudu finalmente parece se acertar na equipe, Roger Guedes é um atacante agudo e Gabriel Jesus...

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Bem esse é um caso sério.

No primeiro tempo fez os dois gols, chegou a seis no campeonato. Tem tudo para jogar a Olimpíada, assumir também um lugar na nova seleção de Tite nas Eliminatórias e, quem sabe, terminar o ano ainda jogando pelo Palmeiras.

No segundo tempo, Gabriel teve novas chances mas não marcou. Ao lado de Roger Guedes infernizou a defesa dos mineiros e recebeu os aplausos dos 27 mil e poucos pagantes. Quase fez um de letra, em lance que poderia ser considerado pênalti.

Por enquanto, Gabriel Jesus precisa apenas aprender a não reclamar tanto com a arbitragem ou se envolver em confusão com seus marcadores - cada vez mais duros.

Sábado que vem, os palmeirenses vão ter um teste dificílimo: o Cruzeiro, em Belo Horizonte. Com certeza novos emissários europeus estarão de olho em Gabriel Jesus, no Mineirão.

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Afinal, em 2017, o menino deverá seguir os passos dos jovens artilheiros palmeirenses de 60 anos atrás.

(Com reportagem de Roberto Salim.)

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