O que se viu na Arena foi empolgante, para torcedores da Chape, para colorados e para quem gosta do futebol em geral e não torce para nenhum desses times. E angustiante para a torcida gremista. Não pode bobear dessa maneira uma equipe que, mesmo à distância de 9 pontos do líder (antes do início da rodada), dizia acreditar na possibilidade de título. Inaceitável.
O Grêmio fez o que se esperava dele no primeiro tempo: dois gols e postura altiva. Douglas abriu o placar aos 5 e Bobô aumentou aos 33. Estava aí a fórmula para outra vitória e o cumprimento da promessa de jogar até o fim com fé em revertério na ponta da tabela.
Mas o Grêmio dormiu em cima da vantagem parcial, caiu no conto do vigário de achar que a Chapecoense estava entregue, estragada e estagnada. Entrou pelo cano, sobretudo por erro de avaliação.
Primeiro veio o gol de Túlio de Melo aos 9 do segundo tempo. Bom, imaginaram os tricolores, é só uma tentativa de reação. Mais tarde, aos 33, o mesmo Túlio empatou. Daí, bateu preocupação e veio a correria para recuperar a vantagem. E, com a correria, a armadilha: o Grêmio deu espaço para o contragolpe e Apodi, aos 50 minutos, fez o terceiro.
Coisa de provocar enfarte para torcidas dos dois clubes. Mas, com uma vantagem para os catarinenses - o sorriso deste tamanho. E com uma desvantagem para os gremistas - cara fechada até o resto do ano.
Acontece. Mas não deveria.