A queda do Internacional é assustadora. Não só pelos resultados - cinco derrotas e um empate na sequência -, mas sobretudo pela forma desmantelada como se apresenta. A não ser que se cometia uma injustiça do tamanho do Rio Grande, tudo indicava que Argel Fucks perdera a mão no comando da tropa. Ele e jogadores não conseguiam mais afinar-se.
Não, não estou insinuando que teve boicote. Me refiro à maneira de a equipe atuar. Se não era de encher os olhos, nas rodadas iniciais, ao menos mostrava consistência defensiva. Com 1 a 0 aqui, 1 a 0 ali, se mantinha no topo, na briga por liderança e com esperança de boa trajetória no Brasileiro.
De um momento para outro, tudo desandou, e o Inter começou a perder. Não só para rivais de peso (caso do Grêmio), mas também para adversários de meio de tabela e agora até para quem anda desesperado. Como é o caso do Santa Cruz, e 0 1 a 0 sofrido na tarde deste domingo, no Recife.
O Inter jogou bola pequenininha e se limitou, basicamente, a buscar o novato (na equipe) Ariel, como salvação para o ataque. Não funcionou. Além disso, se expôs na retaguarda e perdeu a luta no meio-campo. Não se salva nada.
Melhor para o Santinha, que precisava de uma vitória como essa, para injetar-lhe ânimo e levar esperança de salvação. Keno foi o herói da vez, com o gol marcado aos 44 minutos do primeiro tempo. E, mesmo sem grande vocação ofensiva, o time pernambucano poderia ter feito mais. O Inter estava batido e abatido.
Argel saiu de campo na berlinda e de olho em oportunidades no mercado.
Sei lá, está com jeito de que este comentário pode estar superado daqui a pouco, após reunião do "professor" com dirigentes. A aguardar...
Atualizado às 22h20: PS. E, claro, depois do papo com a cartolagem, Argel pegou o boné. É mais um técnico disponível