O Inter enfim voltou a apresentar-se completo, depois de contusões, rodízio, suspensões e outros motivos que o fizeram ser menos eficiente no Campeonato Brasileiro nas últimas rodadas. O técnico Diego Aguirre contou com força máxima em casa lotada e viu abrir-se vantagem empolgante em dez minutos, com os gols de D'Alessandro e Valdivia (golaço, por sinal). Com velocidade e intensidade, empurrou o Tigres para o próprio campo de defesa e não deu contra-ataques.
Cenário mais do que perfeito. Aos poucos, no entanto, ficou apenas adequado, porque o representantemexicano na competição colocou a bola no chão, avançou, marcou o Inter na saída de bola, passou a trocar mais passes e explorou jogadas pelos lados. Resultado dessa mudança de postura foi o gol de Ayala, aos 23 minutos, de cabeça e ao aproveitar cruzamento de Rafael Sóbis, muito vaiado pela torcida.
O Interacusou o golpe, diminuiu o ritmo, redobrou a cautela, não criou tantas chances como no começo. Ainda assim, obrigou o goleiro argentino Guzmán a duas defesas difíceis no segundo tempo. O Tigres não deixou por menos e também testou os reflexos de Alisson, um dos destaques do jogo.Ayala, autor do gol, levou dois amarelos, foi expulso e fez o time ficar com dez desde os 17 minutos.
A disputa pela vaga continua aberta. Isso é óbvio e constatação sensata. O Tigres mostrou qualidade e tem condições de encrencar como mandante. O Inter não fica atrás e tem condições de segurar pressão e voltar ao menos com o empate. Deve ter atenção na marcação e nas descidas pelas pontas. Boto fé no colorado, com uma ressalva: a classificação deve vir com muita tensão e emoção. A aguardar.