Foi a 13. ª derrota colorada, a terceira consecutiva, e a perspectiva é das piores: o Inter não tem controle emocional, não ataca, não se arma e sua defesa é ruim. Olhando a escalação e o banco de reservas a impressão é de que dá para formar uma boa equipe. Mas, quando a bola começa a rolar...
Um lance que ilustra a atual fase do Inter ocorreu aos 15 minutos do primeiro tempo, quando o zagueiro Paulão tentou fazer lançamento da defesa para o ataque e entregou a bola ao goleiro adversário.
A tática de Celso Roth também colaborou para o novo desastre. Diante do inofensivo América era de se esperar proposta de jogo mais definida,ofensiva. Mas parece que o Inter estava o tempo todo conformado e contente com empate. O uruguaio Nico Lopez, por exemplo, ficou quase o tempo todo no banco.
E levaria o jogo assim, para o 0 a 0 eterno, não fosse um acidente do futebol: no primeiro tempo, o atacante e artilheiro Osman se machucou e foi substituído pelo menino Matheusinho, hábil e talentoso. Ele começou a desmontar a defesa gaúcha.
No segundo tempo, por incrível que pareça, o América seguiu melhor em campo. Nos últimos 20 minutos se impôs definitivamente. Ernandes acertou o travessão de Danilo. O próprio Ernandes participou de mais duas jogadas perigosas. E, aos 45 minutos, em um cruzamento de Jonas da direita, Michael cabeceou, tocou com o ombro, com a orelha, como ele mesmo reconheceu, e a bola subiu e deixou o goleiro Danilo sem a menor chance de impedir o gol da vitória americana.
Um desastre anunciado para o Inter. Que, apesar de tudo, ainda pode salvar-se, porque a briga na parte de baixo está equilibrada;
Um alento para o América, que dificilmente escapará da queda. Mas pelo menos mostrou que não é muito pior que o milionário time gaúcho.