Até que explodiu a arte imensa de Lionel Messi. O argentino fazia apresentação discreta, como praticamente todo mundo em campo. Em dois lampejos da genialidade que o consagra, derrubou a muralha bávara, fez dois golaços e colocou a equipe dele a um passo de outra final continental. Para coroar, ainda teve o gol de Neymar: 3 a 0 e grande vantagem espanhola.
O clássico entre gigantes da bola atraiu atenção de qualquer um que aprecia futebol. Era a final antecipada do torneio, o reencontro de Guardiola com a velha casa, o teste para o trio MSN dos mais de 100 gols, uma oportunidade para o Bayern impor-se num templo do futebol. Enfim, tudo convergia para um encontro inesquecível.
Não foi assim, ao menos em termos de emoção. Para quem aprecia as manobras táticas, teve seu charme, com cada um na tentativa de anular o que o outro tem de melhor. O Bayern doido para parar Messi, Suárez e Neymar; o Barça a bloquear o toque de bola alemão.
Mesmo assim, no primeiro tempo houve no mínimo duas chances para o Barça, com Suárez e Neymar. O Bayern perdeu gol feito com Lewandovski. No mais, equilíbrio, precaução, respeito, que prevaleceram até os 32 minutos da etapa final, quando Messi fez a primeira proeza.
A vantagem animou o Barça, que três minutos depois aumentou a diferença, com gol de Messi ainda mais bonito. O Bayern foi às cordas e levou o terceiro aos 45, com Neymar. Craque desequilibra, encanta, desmonta, emociona. Que prazer vê-los em ação!
Conta fechada? Pelo respeito ao Bayern, não. Mas a realidade é impiedosa com os alemães. Ainda mais se levarem um golzinho em casa, o que não é nada fora de propósito...