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(Viramundo) Esportes daqui e dali

Juve na final: lógica e nenhuma surpresa

A Juventus foi a Madri, na noite desta quarta-feira, empatou com o Real por 1 a 1 e se classificou para a final da edição de 2014/15 da Champions League. No dia 6 de junho, enfrenta o poderoso Barcelona, em jogo único, em Berlim. Os italianos têm 2 títulos continentais (1985, 1996), contra 4 dos espanhóis (1992, 2006, 2009, 2011).

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Por Antero Greco
Atualização:

Surpresa a Juve desbancar o Real Madrid, maior ganhador (10 vezes) da competição e com elenco com estrelas como Cristiano, Benzema e Bale? Só para os desavisados. Quem pôde acompanhar a trajetória da tetracampeã italiana na Champions (além do próprio campeonato doméstico e a Copa Itália), sabia que se trata de uma equipe equilibrada, competente, consciente do que deseja e como alcançar objetivos. Uma reunião de jogadores muito bons.

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O técnico Massimiliano Allegri conseguiu formatar um time eficiente, de ponta a ponta. Contou, ainda, com a sorte de ter uma penca de atletas em extraordinária fase, mesmo que alguns estejam na maturidade da profissão. A defesa, a melhor da Champions, tem Buffon, Chiellini, Bonucci, Barzagli, base da Squadra Azzurra. O meio é forte, com Marchisio, Pirlo, Pogba, Vidal. E, na frente, teve um Tevez em grande forma, além do coadjuvante Morata, autor do gol que garantiu a classificação. Mais Pereyra, Evra, Lichesteiner como alternativas.

A Juve resgatou, no Santiago Bernabéu, a tradição de competitividade do futebol italiano. Há tendência, no Brasil inclusive, de olhar clubes espanhóis e ingleses como superiores, brilhantes, enquanto os demais ficam em plano secundário. A concessão é para o Bayern de Munique, e olhe lá. O restante é visto por baixo.

Esqueceram, portanto, da Juventus, que subiu à sombra, sem alarde, com a discrição do treinador. E foi o time sereno que avançou a penúltima etapa antes da final, ao obter o resultado adequado, justo, num jogo em que não permitiu que o Real fosse superior, se impusesse como era esperado.

A Juve não perdeu a cabeça nem quando foi punida com pênalti de Chiellini em James Rodriguez (corretamente assinalado) que Cristiano transformou em gol. Não abriu mão da calma, pressionou, também obrigou Casillas a fazer defesas complicadas e empatou no segundo tempo, com Morata, que preferiu não comemorar por respeito às origens madridistas (uma bobagem). E, esteve mais perto da virada do que o Real de ganhar.

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Parabéns, portanto, a um gigante que chega à final. E que vai incomodar o Barcelona.

 

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