Ainda assim, parece que os jogadores do Palmeiras não se conhecem. Parece que o técnico Marcelo Oliveira juntou um grupo de desconhecidos, colocou no ônibus até São José do Rio Preto e escolheu aleatoriamente 11 para entrar no campo do estádio Anísio Hadad para enfrentar o Oeste, pela terceira rodada do Campeonato Paulista.
O primeiro tempo foi um festival de lançamentos errados, passes equivocados e nenhuma inspiração de Robinho ou Jean. A bem da verdade, o time do Oeste, comandado por Marcelinho Paraíba e Fernandinho, jogou um futebol mais inteligente. Os palmeirenses trocavam passes inúteis no meio do campo e tentavam atacar à base de chutões. Uma decepção para quem vai estrear na Libertadores na terça-feira que vem, em Montevidéu, contra o River Plate uruguaio.
A equipe palestrina voltou para o segundo tempo com Rafael Marques no lugar de Robinho. Mas continuou sem ritmo, eram passes e mais passes errados. O Oeste sentiu que poderia até ganhar o jogo e obrigou Fernando Prass a fazer várias defesas importantes.
A grande chance do Palmeiras veio aos 14 minutos, na cobrança de um escanteio: o zagueiro Roger Carvalho cabeceou e a bola foi ao travessão. Marcelo Oliveira ainda colocou Erik e Cristaldo, mas o problema não são os homens da frente. O problema é que a bola não chega até eles. E já faz um bom tempo.
Ok, ainda é começo de temporada, as oscilações acontecem. Mas, que tal Marcelo acelerar na montagem de time de verdade, ao invés de ficar reclamando que o juiz Vinicius Furlan deu apenas quatro minutos de acréscimo? Aliás: quem atacou mais no final foi o Oeste, que merecia até ter vencido a partida. No fim, o 0 a 0 até foi bom para o Palmeiras.
(Com colaboração de Roberto Salim.)