Mas nada, nada mesmo era mais importante do que o jogo marcado para a Arena Fonte Nova: Bahia x Vasco - jogo da série B, com todos ingredientes de Série A. No fim da tarde, os 35 mil torcedores que foram a campo não se decepcionaram e festejaram: os baianos bateram os vascaínos por 1 a 0 e agora sonham de verdade em voltar à elite do nosso futebol.
"Essa torcida mexe com a gente", admitiu o goleiro Muriel, que fez uma defesa incrível e garantiu a vitória, depois de um chute certeiro de Jorge Henrique.
O Bahia está invicto há cinco partidas e agora a apenas 6 pontos do próprio Vasco, que atravessa fase ruim e inversa à dos adversários: desde o dia 30 de julho, o time de Jorginho não consegue vencer - são três empates, três derrotas e uma crise que se aproxima de São Januário.
Mas o Vasco não foi mal, não. Em um jogo de entradas duras dos dois lados, em que o juiz paraense Dewson Freitas da Silva deixou a violência correr solta, o gol da vitória foi marcado aos 32 minutos do primeiro tempo: Renato Cajá bateu escanteio e o zagueiro Jackson apareceu para cabecear sem defesa para o goleiro Jordi.
Renato Cajá é jogador de série A, que paga seus pegados e sua quase veteranice na série B. Ele foi o maestro dos baianos, que dominaram o primeiro tempo.
Na etapa final,Jorginho mandou o time para frente. E o Bahia automaticamente se limitou a esperar um contra-ataque decisivo. Mas foram mesmo os vascaínos que mostraram maior competência: no chute de Jorge Henrique, que Muriel pôs a escanteio, nas jogadas que quase sempre começavam nos passes milimétricos de Andrezinho e na cabeçada de Douglas, em que a bola se chocou com a trave.
Com certeza, o Vasco vai se recuperar nos próximos jogos, principalmente se Nenê recuperar a melhor forma física. Contra o Bahia ele foi, digamos, um jogador de série "B" e no fim da partida trocou de camisa com o lateral Moisés - este, sim, saudado pela torcida, com uma atuação perfeita e digna de um jogador de série "A".