O placar foi magro, nem por isso tira o valor do resultado, tampouco significa que o Atlético esteja mais fraco. A turma de Levir Culpi teve apresentação digna, outra vez, como tem sido rotineiro na competição. No todo, foi quem propôs o jogo, criou situações de gol, mandou duas bolas na trave, com Lucas Pratto, também autor do gol decisivo, em cobrança de pênalti no segundo tempo.
O Figueirense se comportou com valentia. Claro que abaixo do rival, mas sem o temor excessivo que muitas vezes caracteriza quem é tecnicamente inferior e atua como visitante. Em diversos momentos, o time de Argel Fucks deu calor ao Galo, assustou com contragolpes e teve chance no mínimo para empatar. Vítor precisou entrar em ação ao menos em duas jogadas agudas. A melhor delas numa cabeçada de Marquinhos que ia no alto do gol, mas que parou nas mãos do goleiro.
Merece destaque o espírito combativo do Atlético. Mesmo que lhe falte um goleador - nem por isso deixa de ter o melhor ataque -, sobram disposição e velocidade. E muita vontade. Sem ser fanático por números, me chamaram a atenção a quantidade de finalizações (16 a 6) e a posse de bola (62% a 38%).
Gosto da inquietação de Levir, que mexeu no time no segundo tempo, em tentativa de manter ritmo acelerado. Numa das mudanças, colocou Guilherme (no lugar de Dátolo), para satisfação da torcida e para mostrar ao jogador que, se perdeu a condição de titular, ainda é bem-visto como alternativa. Guilherme foi discreto no tempo em que ficou em campo.