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O Palmeiras e o patrocínio ao apito

A Federação Paulista de Futebol conseguiu agitar, por um aspecto negativo, a reta final do Campeonato Paulista. E, de quebra, coloca o Palmeiras no rolo, sem que o clube tenha a ver alguma coisa com a história.

Por Antero Greco
Atualização:

Você sabe a que me refiro? Claro, ao patrocínio à arbitragem a partir deste final de semana, quando começam as disputas das quartas de final do Estadual.

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Colocar anúncio no uniforme de suas senhorias até que não tem nada de mais. Isso acontece em muitos países. O problema foi o parceiro encontrado pela FPF: a Crefisa, por acaso a principal anunciante do Palmeiras, um dos candidatos ao título, clube que investiu forte em contratações; portanto, ávido por ter retorno em todas as competições de que participar.

A entidade garante que o acerto não terá a menor influência no resultado do Paulistão - e, em princípio, não se deve colocar tal afirmação em dúvida. Alguns dos concorrentes disseram o mesmo, como forma de não alimentar polêmicas.

Mas elas surgiram, o que era inevitável. Só com muita ingenuidade, ou cara de pau, para achar que a coincidência passaria em branco. Desde quinta-feira, se espalham dúvidas. A principal: e se o Palmeiras for beneficiado por alguma decisão equivocada de arbitragem? Como é que fica? Os erros são corriqueiros, a gente sabe; mas como evitar eventuais comparações?

Inverto a pergunta: e se o Palmeiras for prejudicado por erro de arbitragem? O que também não é fora de propósito. Imagino que tenha juiz que, para não ser visto como comprometido, possa ficar com receio de dar um lance duvidoso para o Palmeiras com medo de críticas.

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Resumo da ópera: sobrou para o Palmeiras, que faz trabalho árduo de reconstrução e tem sua rotina alterada por essa desastrada jogada de marketing, que não acrescenta à Crefisa e pouco alivia os cofres da FPF.

Resta torcer para que não haja nenhum senão e o Paulistão termine bem. Mas que falta tato para esse pessoal, não há dúvida.

 

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