Mais chato do que tropeçar foi a bola murcha que o Palmeiras apresentou. O time vibrante e atrevido do clássico deu lugar a um conjunto desatento, desarticulado e com inspiração zero. Em diversos momentos ficou um bolo de jogadores na frente, com buracos enormes na retaguarda.
Ótimo para o RB, que aproveitou as brechas e, em dois lances rápidos, definiu o placar antes do intervalo, com os gols de Lulinha aos 20 e Fabiano Eller aos 33. Vantagem que poderia ter sido até maior, porque deu branco geral em Zé Roberto e companhia.
O técnico Oswaldo de Oliveira tratou de mexer no time, alguns minutos depois de a bola rolar na segunda etapa, ao optar pela saída de Zé Roberto (entrou Victor Luís) e de Cristaldo (Gabriel Jesus). Não mudou grande coisa, embora Gabriel tenha corrido mais do que o argentino. Chances de gol, pra valer, não surgiram. Em resumo: em alguns lances, veio à memória o Palmeiras sem alma de 2014, aquele para o qual a torcida diz "vade retro" como se fosse o capeta.
A oscilação é desafio para Oswaldo. Não se espera sempre espetáculo; mas ficar no uma no cravo, outra na ferradura, não ajuda; ao contrário, desgasta e provoca tensão e gastrite.