O Palmeiras foi a Volta Redonda todo desfigurado, em relação àquele time que no meio da semana ganhou do Barcelona, pela Libertadores, e foi eliminado nos pênaltis. Jaílson, Mina, Dudu serão baixas por semanas. Moisés foi poupado, Myke e Willian ainda se recuperam de contusão. E Egídio nem viajou, para não receber mais pressão da torcida.
Cuca colocou Jean na lateral direita e Michel Bastos na esquerda. Tchê Tchê voltou ao meio, Guerra iniciou o jogo, assim como Bruno Henrique, depois substituído por Keno. Resumo da ópera: a equipe criou muito pouco, na base da boa vontade e como um catadão. No melhor lance, Roger Guedes finalizou fraco, para defesa com os pés de Martin Silva. Em compensação, Prass só assistiu ao jogo.
O Vasco, na tentativa de não se aproximar da zona do perigo, contou com Luís Fabiano na frente e, no segundo tempo, também com o reintegrado Nenê, o meia que queria ir embora, mas não encontrou quem o quisesse contratar. O técnico Milton Mendes armou o time para sair em contragolpes. Isso na teoria, pois na prática raramente conseguiu jogadas coordenadas. O futebol foi sofrível.
O festival de horrores e sonolência só foi interrompido depois dos 30 minutos. Primeiro, com o gol de Guerra, uma das exceções em campo pela inteligência e estilo. E, quase no final, com o gol de empate de Manga Escobar, após cobrança de escanteio. O Vasco ainda pressionou e assustou Prass, nos descontos, com finalização de Luís Fabiano.
Por falar em acréscimos, Cuca mandou Borja entrar aos 46 do segundo tempo, na vaga de Tchê Tchê. Calma lá, o colombiano, contratação mais cara do ano, está jogando bolinha pequena. Mas poderia ter passado sem essa de tapar buraco por dois minutos, ou menos. Não fez sentido entrar. A não ser que, na superstição do treinador, ele fosse resolver num lance.
E só. O placar mostrou como dois gigantes estão desnorteados. Dá-lhe paciência para as torcidas.