Bola cantada. Desde o início do ano, quando começou a onda de negociações, em diversas ocasiões escrevi aqui e comentei na tevê que era gente demais. Não tem como abrigar dar oportunidades iguais a duas dúzias de novos profissionais na casa, fora os remanescentes de 2014.
As fotos mostravam um montão de rapazes em exercício. Para impacto com o público, a jogada da cartolagem foi interessante. O efeito prático, porém, não é grande coisa. Ao contrário, como se comprova agora até complica a vida do treinador. E dificulta mesmo, pois existe pressão para rodízio, quem fica fora reclama (com razão), quem está dentro se sente inseguro.
Por esse motivo, não gosto de utilizar a palavra "reforço" a todo momento. Aliás, raramente ela é bem empregada. Reforço é o jogador de qualidade, que chega, entra no time, se encaixa e contribui para que os resultados apareçam. Poucos fazem isso. A maioria é apenas contratação.
E foi o que o Palmeiras fez. Trouxe pencas de atletas, de tudo quanto foi lugar, e até agora, com meio ano já passado, ainda não tem uma formação que o torcedor possa declinar como titular. Pior, nem esquema de jogo tem. Complicou-se Oswaldo Oliveira, e disso pretende fugir Marcelo.
Ryder, Andrei Girotto, a turma de argentinos (Tobio, Mouche, Allione), para citar exemplos, em que contribuíram? Aranha só esquentou banco e já está de saída, assim como aconteceu com Maikon Leite, Allan Patrick. Ayrton. Outros podem fazer logo as malas.
Planejamento não é atirar para todo lado; mas acertar o alvo. O grupo do ano passado era péssimo e a reformulação, necessária. Porém, contratar sem controle pode levar a erro semelhante.