O Palmeiras, ao contrário, festejou em grande estilo o 101.º aniversário. Levou para BH a vantagem de 2 a 1 construída, na semana passada no Allianz Parque, e aumentou a diferença em meia hora ainda no primeiro tempo, quando fez 3 a 0. Um início demolidor, que tirou qualquer possibilidade de reação do Cruzeiro, mesmo com os dois gols (um, antes do intervalo, e outra na etapa final).
Nem o mais pessimista cruzeirense poderia supor que o time levaria um baile e seria destroçado em pouco tempo. Mas foi o que aconteceu. O técnico Marcelo Oliveira mudou o Palmeiras e colocou Lucas Barrios e Gabriel Jesus à frente - e a dupla deu o que falar. Sobretudo o jovem Gabriel, que participou do gol de Barrios aos 8, sofreu falta que levou à expulsão de Bruno Rodrigo e ainda fez os outros dois, aos 28 e aos 32 minutos. Enfim, o rapaz foi o destaque do jogo.
Missão cumprida, o Palmeiras ainda teve chance do quarto gol, mas resolveu desacelerar. Dessa vez, até com razão, pois o Cruzeiro precisaria fazer 5 a 3 para seguir adiante. No popular, a equipe paulista tirou o pé, levou os gols sem que isso alterasse a garantia da vaga. Numa noite de atuação impecável na primeira parte, mesmo com alterações em relação ao time que tem jogado regularmente.
O Palmeiras fez a parte que lhe cabia, e o Cruzeiro só colhe o que cultivou desde o final da temporada anterior. Com a decisão de ceder os principais jogadores das campanhas vitoriosas, a diretoria arriscou-se a insucessos, que estão aí. E não convencem as explicações de Vanderlei Luxemburgo de que o time pode estar perto da zona de rebaixamento no Brasileiro, mas a poucos pontos do quinto colocado.
O problema é o futebol que o Cruzeiro tem mostrado: fraco, apagado, sem passar confiança ao torcedor. Ao Palmeiras, a vitória pode devolver esperança no Brasileiro e, claro, o mantém na trilha de ao menos um título neste ano.