O primeiro tempo foi ruim de doer. Nenhum dos dois times chutou a gol, criou, articulou boas jogadas, usou a cabeça para ser criativo. A partida limitou-se a correria sem sentido, chutões, algumas divididas ríspidas e uma interminável e entendiante troca de passes. Parecia combinado que ninguém estava disposto a fugir do rame-rame e do pão-durismo para dar espetáculo.
A segunda parte foi melhor, já que ao menos houve tentativas para o gol. Tiago e Fernando Prass aqueceram-se em algumas intervenções, sobretudo o gremista em duas finalizações. Nada, porém, extraordinário, fora do comum. Não houve mudança de água pro vinho, pois os dois times ainda estão longe da perfeição. Ok, com a ressalva da subida do Grêmio no campeonato.
E justamente o anfitrião se deu melhor, com a opção de agir com rapidez e com objetividade. Numa arrancada inteligente, Maicon deu toque pessoal, bateu com maestria e superou Prass. Um golaço, para sacudir a poeira que era o duelo até então. Nem por isso o Grêmio se arriscou além da conta. Roger fez mudanças para manter a estabilidade e a coleção de vitórias. Se deu bem.
E o Palmeiras? Sob nova direção, mostrou erros velhos. Os principais, e não são poucos, os torcedores estão cansados de acompanhar: toques laterais sem sentido, falta de atrevimento no ataque, erros de passes, ninguém que arme, que pense o jogo, defesa instável. Exemplos? Dudu, o "homem do chapéu", Rafael Marques não são os maestros do meio-campo, Alecsandro mal pegou na bola. Lucas esteve muito preso e Egídio até agora não disse ao que veio.
Ah, mas Marcelo Oliveira teve só três ou quatro dias para treinar o grupo. Eu sei, todos sabemos. Ele terá desafio enorme para montar uma equipe competitiva. E mostrar que as duas dúzias de contratações não significam dinheiro jogado fora. Muito menos ilusões que logo viraram fumaça.
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