O Corinthians passou, assim se pode dizer, por outro teste complicado na arrancada final do campeonato. Topou com um adversário que acelerou, nas últimas rodadas, com quatro vitórias consecutivas, e volta de Campinas com um ponto. Nada mal para quem acumulou gordura ainda suficiente para ter folga razoável em relação ao mais direto perseguidor.
O jogo teve roteiro parecido com tantos e tantos outros protagonizados pelo Corinthians. Você sabe qual é? A rapaziada de Tite toca muito (e bem) a bola, troca passes, chama o rival para o próprio campo e dá o bote. Método manjado e eficiente. Que deu certo no primeiro tempo, com o gol de Jadson marcado aos 43 minutos. O artilheiro alvinegro chegou ao 12.º gol com uma bola muito bem colocada, sem chance para Lomba.
O Corinthians, no entanto, cometeu erro também já visto anteriormente. No segundo tempo, tratou de poupar-se. Por mais que o técnico e jogadores digam o contrário, ficou evidente que apostou no relógio e na ansiedade.
Tudo ia bem até os 14 minutos, quando Elton empatou (lance normal, sem impedimento). A Ponte se animou e virou aos 16, com Diego Oliveira, que havia entrado no lugar de Cristian. Uma troca ousada de Doriva, ao tirar um jogador de meio-campo para colocar um atacante.
Depois de se refazer do relaxamento e da surpresa, o Corinthians voltou a acordar. E, como a maré anda pra lá de boa, empatou com Rodriguinho aos 37. Também mudança acertada, pois havia entrado na vaga de Elias. Dali em diante, as duas equipes perceberam que o empate não era ruim para nenhuma delas - e retomaram a cautela.