A camisa palmeirense era verde mesmo. E a da Ferroviária, grená. Tudo como no jogo marcado para a tarde deste domingo, na pomposa Arena alviverde.
Até aí nenhuma novidade. A diferença eram os jogadores que vestiam os uniformes: verdadeiros craques da bola.
Pelo Palmeiras, o técnico Mário Travaglini escalou: Valdir; Djalma Santos, Djalma Dias, Valdemar Carabina e Ferrari, Dudu e Ademir da Guia; Germano, Ademar Pantera, Servílio e Rinaldo. A Ferroviária, do treinador Carlito Roberto, alinhou: Navarro; Geraldo, Brandão, Rossi e Fogueira; Adão e Bazani; Nilo, Djair, Tales e Pio.
Grandes jogadores! Melhor que eles, só mesmo a partida: emocionante do começo ao fim. Quando o juiz Benedito Francisco apitou o final, os palmeirenses deixaram o campo orgulhosos e a torcida aliviada. O Palmeiras inverteu um placar de 3 a 0 no primeiro tempo para 4 a 3 - com três gols do inacreditável Ademar Pantera e um de Servílio.
Naquela tarde teve garoto que não acreditou na virada, deixou o Parque antártica no intervalo e se escondeu embaixo da cama para não ouvir pelo rádio a goleada que se anunciava e não aconteceu. Eram outros tempos, outros jogadores e outro futebol.
Do time atual, só mesmo um menino como Gabriel Jesus poderia ter disputado aquele jogo.
(Com colaboração da memória afetiva de Roberto Salim.)