EXCLUSIVO PARA ASSINANTES
Foto do(a) coluna

(Viramundo) Esportes daqui e dali

Quando acordou, o Brasil ganhou fácil

O primeiro tempo do jogo entre Brasil e Equador, em Porto Alegre, deu sono. A turma da casa não estava nem aí. Com a classificação para o Mundial mais do que garantida, não fazia sentido correr além da conta. Os visitantes optaram pela antiquíssima estratégia de ficarem atrás, à espera de um contragolpe, um milagre qualquer. Que não apareceu.

PUBLICIDADE

Por Antero Greco
Atualização:

Por isso, por 46 arrastados minutos foi uma partida de arrancar bocejos. Não se viu um momento sequer de maior vibração do público que foi ao estádio do Grêmio. A rapaziada local não levou ao pé da letra o que havia prometido Tite, de que se tratava de ensaio para valer para a disputa da Copa do ano que vem na Rússia.

PUBLICIDADE

Foi muito toquinho pra lá, bola pra cá, sem nada de produtivo. Não houve um lance digno de tirar suspiros da plateia. Nem Neymar empolgou. Aliás, o rapaz parecia estar no PSG, onde já chegou como dono da loja: driblava, fazia firula, tirava adversários para jogar. Atuava como se fosse o centro de atenções da galera. Teve desempenho muito aquém do costumeiro.

O ritmo arrastado durou até depois dos 15 da etapa final. Pouco antes, Tite tirou Renato Augusto e colocou o surpreendentemente recuperado de dores nas costas Philippe Coutinho. Com isso, pretendia dar mais velocidade ao ataque nacional. (No intervalo, Miranda cedeu lutar para Thiago Silva, por contusão.)

Funcionou. O Brasil estava um pouco menos lerdo do que na primeira parte, havia chegado duas vezes perto do gol equatoriano e ficou mais leve com Coutinho. O nó foi desfeito com gol de Paulinho, após cobrança de escanteio, aos 24 minutos. Sete minutos mais tarde, o placar dobrou, com golaço de Philippe Coutinho, com participação belíssima de Gabriel Jesus. E só.

Depois, tarifa cumprida, os jogadores do Brasil voltaram ao ritmo normal. E o restante da partida transformou-se em rachão. A seleção consagra-se "campeã" das Eliminatórias na América do Sul, com três rodadas de antecedência. Fez a obrigação.

Publicidade

Pra valer agora só na Copa.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.