Já o Cruzeiro... o bicampeão brasileiro em 2013/2014 está irreconhecível. No ano passado, decepcionou, depois de ceder os principais jogadores, e passou a temporada em branco. Quando se esperava reação, em 2016, vem mais frustração. No momento, é um dos piores dentre os "grandes" da Série A.
O futebol da Raposa tem sido limitado, confuso, tenso. Não há quem chame para si a responsabilidade de colocar a casa em ordem, sobram jogadores apenas medianos. Em certos momentos, se transforma numa equipe horrorosa. Nem a chegada do técnico português Paulo Bento mudou de forma significativa o panorama.
Ok, sem precipitações também. São só dez dias de trabalho e duas partidas sob o comando de Bento. Não se pode cobrar muito dele; seria injusto. Até que se faça uma observação: o Cruzeiro pressionou o Santinha, finalizou bastante, embora raramente com perigo e direção. Esforça-se, mas isso é insuficiente. A limitação do elenco é maior do que o empenho. Nessa toada, vai dar desgosto demais para a torcida e fazer, no máximo, figuração no torneio.
Ficou claro no Arruda, nesta rodada. O Cruzeiro tentou encarar o Santa de igual para igual e se expôs a contra-ataques. Erro fatal para quem tem de encarar Grafite como adversário. O veterano atacante fez o primeiro (na etapa inicial) e o segundo (na fase final), enquanto Arrascaeta, de falta, ainda empatou. Depois, em arrancadas velozes e fatais Arthur e Keno completaram a festa.
Merecidos os sete pontos do Santa, belo retrospecto sob a direção de Milton Mendes (15 jogos de invencibilidade). Preocupante o panorama que se abre para o Cruzeiro.