Falar em exibição de gala do Santos seria exagero. Tampouco foi um fiasco. Jogou para o gasto, com altos e baixos nada diferentes da maioria dos concorrentes. Ao contrário, até está em ascensão. Parece ter se aprumado, após o impacto da troca de comando. Levir Culpi colocou a equipe nos eixos, sem grande ousadia e à sua maneira.
Até que Levir teve um gesto de atrevimento, ao colocar Vecchio no meio-campo, em princípio para marcação. Como meia de origem, deu conta do recado e ainda se atreveu a ir ao ataque em algumas ocasiões. Na melhor delas, no segundo tempo, fez o gol decisivo. Lucas Lima também se destacou, com a qualidade de sempre nos passes. A defesa comportou-se bem.
O Santos aumentou para cinco a série de invencibilidade no Brasileiro, já com Levir. São dois empates e três vitórias. Com os 27 pontos atuais, mantém perseguição ao vice-líder Grêmio e fica à espreita de tropeços corintianos. Talvez não brigue pelo título, mas pode ao menos repetir desempenho do ano passado, quando terminou em segundo lugar.
Pode não ser muito; porém, lhe garantirá, na pior das hipóteses, vaga para a Libertadores.