O Palmeiras começou bem, em poucos minutos teve vários escanteios a seu favor e, num deles, abriu vantagem, com Vitor Hugo. Manteve ritmo constante e deu a impressão de que encerraria a sequência de derrapadas em confrontos contra rivais tradicionais. Controlou o jogo sobretudo no meio-campo.
Durou pouco a superioridade. O Santos equilibrou, com Valencia, Lucas Lima, Renato ajustados no meio, e ainda contaram com a participação intensa de Robinho. Mas quem desequilibrou foi Ricardo Oliveira. O atacante abriu espaços, confundiu a marcação e atuou como garçom na jogada do empate, ao deixar Renato na cara do gol, com o trabalho só de empurrar a bola. Robinho pouco depois quase vira, ao acertar a trave esquerda.
O Palmeiras sentiu o baque do empate e a segurança das partidas anteriores - seis vitórias consecutivas - desapareceu. Arouca e Gabriel ficaram sobrecarregados na marcação, Allione e Robinho estiveram bem abaixo, Zé Roberto apareceu pouco, assim como Dudu e Cristaldo. Em resumo: a rapaziada de Oswaldo de Oliveira emperrou. A defesa, exposta, resistiu até Ricardo Oliveira fazer um gol lindo, com toque sutil, uma cavadinha, na pequena área, sem chance para Fernando Prass. Se serve para amenizar, a arbitragem anulou mal uma importante jogada de ataque, ao dar impedimento inexistente de Dudu.
O Santos segue a rotina de se dar bem no Paulista e se equilibra bem com jovens e veteranos. O Palmeiras busca a formação ideal e deixa claro que há espaço, ainda, para várias mudanças. Ao menos até o início do Brasileiro.